O que a neurobiologia nos faz conhecer sobre funções humanas fundamentais como a sensação, a percepção, a memória, a emoção, o sentimento, a intencionalidade e a intersubjetividade, deve ser objeto de uma reflexão atenta para os que se perguntam como é preciso agir do ponto de vista moral. Se a distinção entre o que é certo e o que é errado depende de nossas estruturas cerebrais,…
O que nos move para a mudança
È espantosamente interessante o que está acontecendo à nossa volta. Às conturbações que marcam nossa época, e que escandem minuto a minuto nossa vida, parece corresponder a mais dramática insuficiência de meios intelectuais circulando. Nenhuma descrição estável desse tempo descosturado, entretecido de rompimentos e de traumas. Nenhuma interpretação sólida das tendências e contratendências para nos ajudar a compreender essa época de utopias invertidas, de costuras impossíveis,…
O continente inexplorado da esperança
Todo novo início está relacionado com a esperança, um continente tão apinhado quanto inexplorado. Acredito que a esperança tenha sido oferecida aos homens para que não aceitassem o mundo assim como ele é, para que apreendessem o movimento das coisas, e não como prêmio de consolação pelas vicissitudes individuais ou da história. Há uma imagem kantiana que retrata a racionalidade humana como uma cândida pomba que…
O retorno do tempo
Nunca se termina com o tempo. Todos os maiores mistérios da ciência prezam o problema do tempo. Tudo que pensamos, sentimos e fazemos nos recorda sua existência. Percebemos o mundo com um fluxo de momentos que escandem nossa vida, mas tanto os físicos quanto os filósofos dizem que o tempo é perfeita ilusão. Não só eles, na verdade. Muitas vezes ouvimos, mesmo de pessoas comuns, que…
O tempo que vivemos
Um silêncio paradoxal e enigmático envolve a história. Um tempo acidental, de utopias invertidas, emoldura uma experiência suspensa, sem direção, que se despediu definitivamente do passado. O progresso fixou o fio do tempo ao redor de um eterno presente: um presente cada vez mais irrepresentável. As respostas ao problema da temporalidade não resolveram o enigma: apenas permitiram ao homem historicizar o próprio tempo biológico. Mas o…
On the spontaneous order of consciousness
We would require a minutely detailed natural history in order to grasp what an extraordinary innovation the emergence of mind was in the evolution of the human race, and above all to clarify the scope of those behavioural models which rewarded the individuals who were best able to respond to the unforeseeable events that took place around them and to cater for their own essential requisites….
An invisible sovereignty
We do not really know what awareness is, nor what it has to do with the tangible world. Even if we grant it a biological function, we do not know if it is merely the surface effect of a brain that evolved for other purposes. In practice, evolution has often produced mismatches: biology invented culture, but culture has not done much to improve human nature: one…