Por boa parte do tempo, fazemos escolhas com base em instâncias não plenamente conscientes. Claro, decisões fundamentadas em estratégias de raciocínio formal são possíveis, mas elas sempre devem ser cotejadas com a memória de eventos passados para a formulação de soluções voltadas à obtenção dos resultados que se desejam. Especialmente em situações de incerteza, sistemas como esses são extremamente úteis para agirmos com perícia e rapidez….
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The extremes of consciousness
What does the word subject designate? A name inevitably involves choosing between one statement of reality and another. In identifying with it we allude ourselves that we are subtracting it from the mutability of time. What is that fixed, atemporal image of ourselves that we call I? What is its semantic value and how can we come to know it? Again, who am I referring to…
An inexplicable and surprising happiness
Surely the exceptional nature of consciousness has never been more effectively evoked than in Proust’s recollections of madeleines. The echo of a far-off sensation generates in Marcel a stunning sensorial kaleidoscope. Fragments of experience, relegated to the archives of his memory, are brought back to life. Mnemosyne does not merely rescue Marcel from a sense of guilt, from anxieties and the contingency of the present. The ecstatic recollection provides a…
The uneasy bond with things
As a rule we do not give any thought to how objects appear to our consciousness. Nor to how conscious acts appear to our reflection. Objects never emerge from their silence.
O tempo sensível ao coração
Ao se despedir de uma efervescente vida mundana, Marcel foi levado por sua consciência em direção a si mesmo, em direção a um arquipélago de memórias que fizeram de seu espírito um extraordinário teatro de experimentação. A temporalidade foi a bússola para uma grande viagem na memória. Foi extremamente hábil em formar e plasmar, mas isso não tem a menor importância. Ele derreteu memória e forma…
Um estado de espírito superior à vida
A música dá voz ao inefável. É um evento fugidio e irreversível, evanescente. Ausência, circunstâncias de um tempo passado e que nunca mais serão. A música é essa temporalidade encantada, essa nostalgia purificada de qualquer desassosego. Mesmo sendo inteiramente temporal, ela é, num só tempo, um protesto contra o irreversível e, graças à lembrança, uma vitória sobre o irreversível. A música representa uma estilização do tempo:…
O corpo doente
Ainda hoje, a doença do corpo (e, portanto, da existência doente) é a emergência que desfia e extenua o jogo de resultado zero das compreensões, das interpretações, das explicações. A corporeidade doente – a condição do Eu e do mundo que se eclipsam no sintoma do corpo doente, enquanto o sujeito se retrai (dissimulando a si mesmo) numa concretude que apaga toda dimensão metafórica do discurso…
O retorno do tempo
Nunca se termina com o tempo. Todos os maiores mistérios da ciência prezam o problema do tempo. Tudo que pensamos, sentimos e fazemos nos recorda sua existência. Percebemos o mundo com um fluxo de momentos que escandem nossa vida, mas tanto os físicos quanto os filósofos dizem que o tempo é perfeita ilusão. Não só eles, na verdade. Muitas vezes ouvimos, mesmo de pessoas comuns, que…
O tempo que vivemos
Um silêncio paradoxal e enigmático envolve a história. Um tempo acidental, de utopias invertidas, emoldura uma experiência suspensa, sem direção, que se despediu definitivamente do passado. O progresso fixou o fio do tempo ao redor de um eterno presente: um presente cada vez mais irrepresentável. As respostas ao problema da temporalidade não resolveram o enigma: apenas permitiram ao homem historicizar o próprio tempo biológico. Mas o…